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sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Persépolis, um filme bom para pensar

Pois bem, aqui estou eu e minhas tentativas de análise.
No ano passado( que legal falar isso), enquanto procurava informações sobre a Pequena Loja de Suicídios para discutir aqui, encontrei correlações com este filme que indico hoje. 
Em tempos de terrorismo e certa tensão global(ou talvez européia), é interessante perceber o olhar da crianças diante desses conflitos e Persépolis é um dos filmes que tenta revelar isso. 
Trata-se de uma animação francesa, criada em 2007 e baseada na vida de Marjane Satrapi, homônimo de Grabrielli Lopes, que escreveu o livro e dirigiu o filme juntamente com Vincent Paronnaud. 
O filme inicia-se com a doce e inocente Marjane, no auge dos seus oito anos e sonha em ser profetisa para salvar o mundo.  Entretanto por viver em meio à discussões políticas incitadas por sua família a menina acaba adquirindo senso crítico sobre a sua realidade e em um momento do filme chega a questionar a existência de Deus, assim como desiste de ser profeta. 
Assistindo o filme, podemos ver como opera o imaginário da criança e como este é recriado por ela mesma, visto que aos dez anos, a protagonista já faz críticas sob o seu país e sobre a sociedade em que vive. Podemos observar também como opera o sentimento revolucionário em uma menina que ouve punk-rock e se recusa a usar o véu. 
Na adolescência Marjane sai de seu país e tem um novo aprendizado: conviver como a diferença. Em diversas escolas que frequenta, ela é tratada como uma alteridade radical, na qual todos se assustam ao saber que ela já acompanhou uma revolução! 
Já adolescente, cansada daquelas pessoas e desiludida com o amor, Marjane volta ao seu país e percebe que os regimes estão ainda mais brutais, principalmente com as mulheres. Apenas uma pausa aqui para dizer que este filme também é bastante interessante para se discutir gênero. 
Após se casar e perceber que estava totalmente condicionada a cultura de seu país, ela não suporta tanta repressão e se separa, sendo novamente é expatriada do seu país aos 22 anos, para nunca mais voltar
Longe de querer escrever uma sinopse do filme, minha tentativa foi a de demonstrar a ação e a percepção de uma criança menina em meio aos conflitos de seu país, bem como a de revelar como opera o processo de transmissão de uma ideologia em um ambiente repressivo. 
Por esse e por outros motivos(que só os senhores irão descobrir) vale a pena ver Persépolis!









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